Vamos supor que você foi surpreendido com um aquário de presente. Ou ainda que não tenha resistido ao impulso de passar em uma loja de aquários e levar alguns peixes coloridos para casa antes mesmo de buscar informações sobre como mantê-los. Este artigo tem o intuito de passar conceitos básicos para auxiliar aquaristas iniciantes nestas situações.
1 - População. Pesquise sobre o tamanho adulto das espécies e em seguida busque informações sobre a proporção ideal de população em relação ao volume do aquário. Caso constate que a população é exagerada para seu aquário, procure uma forma de remanejar alguns peixes para outro aquário. Em caso de aquários comunitários pesquise sobre a compatibilidade das espécies, pelo menos em termos de temperatura, pH e agressividade.
2 - Tratamento da água O tratamento deve ser realizado previamente, nunca durante ou após a introdução da água no aquário. Consiste basicamente na retirada do cloro adicionado pela empresa de tratamento. Para isso basta manter a água em recipiente (livre da incidencia de luz) por 48 horas. Ou ainda outra opção melhor pois retira também alguns metais pesados seria utilizar produtos químicos comercializados para essa finalidade.
3 - Temperatura Cuidado com o choque térmico. Ao introduzir um novo animal no aquário deixe o saco plástico ou recipiente utilizado no transporte flutuando no aquário por 15 minutos, e só então solte o animal.
4 - Não super alimente. O peixe se alimenta por instinto, tanto quanto puder. Uma dose exagerada de alimentos além de poluir o aquário pode ser fatal aos peixes. Por este motivo controle a quantidade de alimentação através do tempo em que ela é consumida. Iniciantes evitem também alimentações caseiras, preparadas a base de coração de boi, figado, etc, que são de dificil digestão e só devem ser administradas por aquaristas mais experientes.
5 - Não troque toda a água do aquário. O Aquário é um pequeno sistema habitado por uma importante vida microscópica, e que auxilia em seu equilíbro. Trocar toda a água resultaria no extermínio dessa colônia de bactérias benéficas que se encontram espelhadas por todo aquário. Bem como poderia resultar em choque para os peixes em função de vários parâmetros da água que serão bruscamente alterados. Então uma troca total da água só deverá ser realizada em uma situação de extrema necessidade, respeitando alguns cuidados que citaremos em outro momento. Para a manutenção períodica do aquário procure realizar trocas parciais, popularmente chamadas de TPs entre aquaristas, com uma frequencia e quantidade que irão variar conforme seu aquário, número de habitantes, vegetação, filtração, etc. Em geral poderiamos citar 10% ou 20% do volume semanalmente. Este seria um número como ponto de partida, para posteriomente ser ajustado pelo aquarista conforme a realidade de seu aquário.
6 - Monitore a Amônia. A amônia é o primeiro produto resultante da decomposição de toda e qualquer matéria orgânica, sejam fezes, folhas ou animais mortos, etc. No aquário os níveis de amônia tendem a subir rapidamente, caso não haja um sistema de filtração biológica adequado, em função das fezes dos próprios peixes. Por este motivo a amônia acaba sendo um dos principais fatores de mortalidade de peixes recém adquiridos por aquaristas iniciantes. Para contornar este problema faça trocas parciais e periódicas da água e/ou instale um filtro biolôgico. Leia mais sobre isso em Ciclo do Nitrogenio.
7 - Observe. Fique atento a aparência e ao comportamento do peixe para diagnosticar brevemente algum problema. Respiração acelerada; Peixe raspando o corpo nas pedras; Pontos brancos pelo corpo ou semelhantes a algodão; Peixe que não se alimenta, etc.
8 - Filtração. Tenha um filtro adequado ao volume do seu aquário para manter a qualidade da água, bem como os níveis de amônia e nitrito baixos. Coloque os peixes aos poucos apenas depois de 30 dias do aquário em funcionamento
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