Tipos de Filtros

Para realizar um ou mais dos tipos de filtração descritos na parte anterior, existe uma grande quantidade de tipos de filtros. A seguir vamos descrever e conceituar os tipos mais conhecidos quanto às suas características, tipo de filtração executada, equipamentos, capacidades, cuidados, recomendações, etc.

Filtros Internos
Estes são os filtros projetados para funcionar inteiramente dentro do aquário. Seu custo é normalmente baixo e apresentam uma boa eficiência em relação à potência consumida. São de utilização bastante prática, normalmente de porte pequeno, mas costumam interferir com a estética do ambiente, além de tomarem parte do espaço do aquário. Relatos de “acidentes” com este tipo de filtro, onde ocorre a reintrodução na água aquário de parte dos detritos retirados anteriormente e armazenados nos elementos filtrantes, fazem-nos não gostar muito da idéia básica de funcionamento dos mesmos.

Mais informações sobre este tipo de filtro poderão ser encontradas na seção Produtos do site.

Filtros de Esponja / Filtros de Canto
Os filtros de esponja ou de canto baseiam-se em fazer circular a água através de uma espuma porosa, usando uma bomba ou o borbulhamento de ar em um tubo ou caixa plástica, colocados em um canto do aquário (de onde deriva o seu nome). O fluxo de água através da esponja propicia o crescimento de uma colônia de bactérias responsáveis pela neutralização da amônia e nitrito dissolvidos na água.

Este é um tipo de filtro bastante primitivo e econômico, que pode ser útil em pequenos aquários tais como aquários de quarentena, hospitais, criatórios, etc., pois pode ser fácil e rapidamente construído, com custos mínimos.

Sua capacidade de filtração, porém, é reduzida em relação a outras opções, motivo pelo qual aconselhamos seu uso apenas em situações “emergenciais”. Tem os inconvenientes de ocupar espaço interno no aquário e requerer manutenção freqüente, durante as quais não se deve fazer a troca de todo o material filtrante para preservar pelo menos parte da colônia de bactérias.

Exemplos de filtros deste tipo podem ser encontrados aqui.

Filtros Biológicos de Fundo (FBF) / Undergravel Filters
Este tipo de filtro constituiu a “primeira geração” dos filtros biológicos para aquários. Considerados hoje obsoletos pelos aquaristas mais experientes, eles ainda se encontram à venda nas lojas do comércio aquarista por todo o país. Tem como principais aliados para sua sobrevivência o baixo custo e a ignorância dos que estão iniciando no aquarismo, sobre suas limitações e sobre as vantagens de outros tipos de filtros.

O FBF é um filtro interno, constituído basicamente por uma camada de placas perfuradas (uma grade), em material plástico colocada no fundo do aquário, sobre a qual é colocado cascalho (obrigatoriamente de granulação elevada). Uma ou mais das placas possui uma torre de saída, à qual é conectada uma bomba que, agindo por sucção, faz com que a água circule através da camada de cascalho, passando pela grade para a parte inferior do aquário de onde será aspirada pela bomba e lançada de volta para a parte “superior” do aquário.

Os filtros FBF contam essencialmente com a capacidade de tratamento biológico das colônias de bactérias que se formam no substrato, para o tratamento da água do aquário. Pouca ou nenhuma ação de filtração mecânica oferecem, uma vez que a granulometria do cascalho é bastante elevada, não sendo capaz de reter matéria em suspensão.

A situação do aquário se complica quando a montagem envelhece, pois a tendência do FBF é acumular matéria orgânica entre o cascalho e a parte inferior das placas, tornando-se, com o passar do tempo, verdadeiros “circuladores de sujeira” incorporados ao aquário. Como se isso não bastasse, desativar um FBF não é tarefa das mais agradáveis, uma vez que essa operação implica em desmontar e refazer todo o setup do aquário.

Mais informações e considerações sobre este tipo de filtro podem ser encontradas neste tópico do forum.

Sistema Jaubert de Filtragem
Também denominado sistema Plenum, sistema Mônaco ou sistema NNR (Natural Nitrate Reduction), é utilizado em aquários marinhos. Este sistema tem uma aparente semelhança ao FBF (por utilizar o mesmo tipo de placas), mas possui algumas modificações importantes. Desenvolvido e patenteado pelo Dr. Jean Jaubert em 1995, o Sistema Jaubert, como ficou conhecido, é formado essencialmente da seguinte maneira:

Em um aquário, colocam-se as placas de filtro de fundo, com uma ou duas placas com torre de sucção (dependendo do tamanho do aquário), sobre as placas é colocada uma tela de nylon e a seguir uma camada de cascalho fino de Halimeda e/ou cascalho de Coral, contendo aragonita, com uma espessura de 3 a 4 cm (ou mais, dependendo do porte do aquário).

Com a ajuda de bombas conectadas às torres das placas, a água é circulada por cerca de uma semana de modo a propiciar a formação de colônias de bactérias, devendo-se a seguir retirar as bombas e fechar as aberturas das torres de sucção das placas.

A seguir, sobre o cascalho, deve ser colocada uma segunda tela de nylon, sobre a qual é colocada uma segunda camada de cascalho (pode ser mais grosso) do mesmo material, também com a espessura de 3 a 4 cm (ou mais).

Relativamente fácil de montar, e de custo muito acessível, este filtro foi bastante utilizado até recentemente. Ultimamente porém, vem caindo em desuso e sendo substituído por opções modernas mais eficientes e fáceis de controlar (ver Filtro Skimmer).

Maiores detalhes sobre este filtro podem ser encontrados nas seguintes páginas da Aqualândia, Revista Aqua, Advanced Aquarist e The Reefs.

Filtros Externos
Como o seu nome genérico implica, esta categoria de filtros funciona externamente ao aquário, sendo a água circulada através dele e de volta ao aquário por um processo qualquer (gravidade, bombeamento, etc.).

Existe disponível no mercado uma grande variedade de tipos, tamanhos e modelos de filtros desta categoria, de diversos fabricantes, além de podermos também encontrar facilmente na Internet, uma grande quantidade de projetos FVM/DIY (Faça Você Mesmo/Do It Yourself), de excelente qualidade, com ótimos resultados finais e custos normalmente bem inferiores aos dos equipamentos comerciais.

A opção de uso entre os filtros comerciais e os montados envolve essencialmente considerações de custo, espaço, estética, tempo disponível, flexibilidade de uso, tendência pessoal, etc. A qualidade final dos resultados obtidos é perfeitamente equivalente, obtendo-se montagens bem equilibradas tanto usando-se filtros comerciais como filtros montados.

De nossa parte, sempre que o aspecto estético o permite, damos preferência aos projetos montados por considera-los mais flexíveis e adaptáveis a novas circunstâncias, associados a custos significativamente inferiores aos produtos de mercado. Porém, utilizamos também em várias montagens, equipamentos comerciais com excelentes resultados.

Veja mais informações e opiniões sobre filtros externos neste tópico do forum.

Filtros Externos de Pendurar / Power Filters
Este tipo de filtro funciona “pendurado” em uma das paredes do aquário (fundo ou lateral). Ele consiste basicamente em uma estação de bombeamento que aspira água do aquário por meio de um tubo nele mergulhado, forçando sua passagem através das seções de material filtrante existentes em seu reservatório. A água, após filtrada, retorna ao aquário por uma calha existente na parte superior do filtro, tal como uma cascata, a qual serve também como suporte para a fixação e apoio do filtro no aquário.

São bastante práticos e eficientes, prontos para uso imediato, necessitando apenas uma rápida montagem, que consiste essencialmente em encaixar peças conforme o modelo do filtro. Sua eficiência porém, faz com que seja necessário observar um certo cuidado em relação à aspiração que, sendo bastante forte pode facilmente sugar alevinos, ou mesmo pequenos peixes para o interior do filtro.

Para evitar esse risco, recomendamos bloquear a entrada do tubo com uma tela de nylon de modo a proteger os peixes menores, embora esta providência prejudique um pouco a eficiência do filtro. Existem no mercado diversas boas opções deste tipo de filtro, que apresentam algumas variações quanto às suas características mais importantes, tais como: - Possibilidade (ou não) de regulagem do fluxo d’água (volume de filtração/hora); - Diferenças de nível de ruído operacional; - Potência elétrica consumida; - Facilidade de obtenção dos materiais de reposição originais; - Maior ou menor custo dos materiais de reposição originais; - Possibilidade (ou não) de substituição dos materiais originais por equivalentes “caseiros”; - Possibilidade (ou não) de modificação do setup de filtração;

Mais informações sobre este tipo de filtro podem ser encontradas na seção Produtos do site.

Filtros tipo Canister / Canister Filters
Seu nome deriva da palavra inglesa canister (reservatório geralmente cilíndrico para estocagem), significando que esta categoria de filtros consiste basicamente em um reservatório onde ficam contidas as seções filtrantes. As seções podem ser acomodadas em bandejas ou prateleiras no caso de filtros com fluxo vertical, ou em seções separadas por divisórias, nos filtros com fluxo horizontal.

Semelhantes em “filosofia” aos filtros de pendurar, mas com um dimensionamento mais avantajado, alguns destes filtros possuem bombeamento incorporado, enquanto outros necessitam de uma estação de bombeamento externa (particularmente os montados a partir de projetos DIY).

Muito eficientes em sua maioria, proporcionam uma grande flexibilidade de configuração, permitindo a seus usuários modificar facilmente o conteúdo das seções filtrantes conforme a necessidade do momento. Como desvantagem podemos apresentar a maior necessidade de espaço para operar, e uma instalação mais complexa em relação aos anteriores.

Este tipo de filtro (particularmente os montados), apresentam normalmente a melhor relação custo-benefício, que, associada às suas características de flexibilidade o tornam provavelmente o preferido entre aquaricultores da atualidade.

Mais informações sobre este tipo de filtro poderão ser encontradas na seção Produtos do site.

Projetos de filtros DIY e informações sobre este tipo de filtro serão encontrados neste Primeiro, Segundo e Terceiro tópicos do forum, e também nestas páginas da Forum Aquário e Reef Corner.

Filtros tipo Copo
Este tipo de filtro é totalmente modular. Ele é formado por diversas seções filtrantes independentes conectadas entre si por tubulações. Cada uma das seções é responsável pela execução de um tipo de filtração, sendo sua manutenção bastante facilitada, pois podemos atuar em qualquer das seções do filtro sem interferir nas demais.

Na prática funciona como se tivéssemos um filtro canister em que cada seção filtrante fosse isolada das demais em seu respectivo recipiente (copo). Este filtro, por sua modularidade, é altamente configurável, permitindo adicionar ou retirar elementos filtrantes a qualquer tempo, conforme a necessidade.

Seus maiores inconvenientes são o custo elevado, o maior espaço requerido para seu funcionamento, e a dificuldade de utilização de meios filtrantes alternativos, uma vez que é difícil conseguir substitutos para os cartuchos padronizados utilizados.



Filtros tipo Sump
Seu nome se baseia na palavra inglesa sump que significa local (ou recipiente) para coleta de água drenada.

Este tipo de filtro consiste basicamente em um aquário-reservatório adicional, para o qual é transferida gradualmente parte da água do aquário principal a ser tratada, que é restituída após a filtragem. Neste reservatório são colocados os elementos filtrantes em seções.

O reservatório destinado ao sump pode ser integrado ao aquário fazendo parte do mesmo por projeto de construção, ou um recipiente adicional, incorporado posteriormente a um aquário de construção comum. A transferência da água para o sump pode ser feita por meio de gravidade (transbordo) ou sifonagem do aquário para o sump, enquanto que a devolução da água é feita por bombeamento. Como regra básica o volume de água do sump deve ser de no mínimo 20% do volume total do aquário. Essa reserva adicional de água oferece a vantagem de aumentar a estabilidade do conjunto.

Este tipo de filtro apresenta como principal vantagem a facilidade de manutenção, além de um fácil acompanhamento visual da situação das seções filtrantes. Além disso a eventual administração de medicamentos e produtos químicos ao sistema é bastante facilitada por este sistema de filtração. Porém, a sua instalação nem sempre é fácil ou viável em aquários já montados pois alguns projetos de sump requerem a introdução de furos nas paredes do aquário.

Para mais informações, e projetos sobre este tipo de filtros, acesse esta página.

Filtro de Plantas
Menos conhecida, mas nem por isso menos eficiente, é a utilização de plantas emersas como “elemento filtrante”. Utilizadas com o objetivo principal de retirar excessos de compostos contendo nitrogênio e fósforo, elas podem ser colocadas tanto diretamente dentro do aquário (pode ser inconveniente devido a problemas estéticos causados pelas raízes), como fora do mesmo, em algum recipiente que faça parte do percurso da água a ser filtrada.

Sua capacidade de absorção de nitratos é bastante elevada, tornando-se bastante úteis para o controle de algas. Além disso suas raízes servem como suporte adicional para colônias de bactérias.

Veja mais a respeito deste tipo de filtro neste tópico do forum.

Filtros tipo Wet-Dry
Também chamados de trickle filters, trata-se de um método de filtração essencialmente biológico, utilizado principalmente em aquarismo marinho. Consiste basicamente na introdução lenta (gotejamento ou aspersão) da água a ser tratada em uma coluna de material filtrante bacteriológico (contendo bio-balls), ocorrendo o processo pela atuação das bactérias em um meio aeróbico.

Dependendo do equipamento / projeto do filtro, pode haver uma pequena seção de pré-filtração mecânica antes da entrada da água na coluna de filtração. Neste processo é importante que não haja uma inundação da coluna de filtração, devendo-se prover uma boa aeração da água e das colônias de bactérias residentes nas bio-balls para que o processo aeróbico possa ter lugar.

É recomendável que a capacidade do filtro seja de pelo menos 10 % do volume do aquário, que as bio-balls sejam mantidas no escuro, e que a distribuição da água aspergida sobre as mesmas seja uniforme.

Um inconveniente deste tipo de filtro é a necessidade de mantermos as colônias de bactérias nas bio-balls sempre úmidas, sob pena de as vermos destruídas, o que torna este tipo de filtro bastante sensível a "acidentes", tais como falta de energia, quebra da bomba, etc. Nestas situações torna-se conveniente inundar temporariamente a torre de filtração para proteger as colônias de bactérias.

Mais detalhes e projetos sobre este tipo de filtro poderão ser vistos aqui.

Filtros tipo Desnatador / Skimmer Filters
Este tipo de filtro é utilizado essencialmente em aquarismo marinho. Ele se baseia no fato de que substâncias químicas orgânicas são atraídas para a superfície de bolhas de ar. Desse modo, fazendo passar uma grande quantidade de bolhas através de uma coluna d’água, ocorre a formação de espuma contendo detritos orgânicos e substâncias químicas (arrastadas junto com as bolhas), na superfície. Ao remover esta espuma, fazemos uma excelente operação de limpeza com este procedimento simples.

Este processo só funciona bem em água com pH elevado e bastante salinidade, o que o torna específico para aquários de água salgada. Ele tem a excepcional capacidade de remover resíduos orgânicos da água antes que eles se decomponham, o que o torna um processo de excepcional valia.

O filtro skimmer é o maior responsável pela ampla difusão do aquarismo marinho a partir dos anos 90, devido à sua simplicidade e à alta qualidade da água obtida na sua utilização. A tendência atual em aquários de recifes de corais baseia-se no uso de skimmers e rochas-vivas, sem o emprego de filtros wet-dry. Esta linha de pensamento é conhecida como o “Método de Berlim”.

Um aspecto inconveniente deste filtro, na opinião de alguns, é que, juntamente com a matéria orgânica indesejável, ele também faz a “limpeza” de nutrientes e microorganismos (plâncton e bactérias) úteis ao ecossistema, de maneira indiscriminada. Seus defensores afirmam que a quantidade de matérial orgânico útil não é significativa em relação ao total removido, não chegando a perturbar o equilíbrio do sistema. Outro possível inconveniente é a liberação de odores desagradáveis, provenientes dos detritos retirados do aquário.

Mais informações e projetos sobre filtros skimmer serão encontrados nestas páginas da Reef Corner, Saltaquarium e Cichlid Forum.

Filtros Desionizadores
A atuação deste tipo de filtros se baseia na absorção de íons dissolvidos, feita por certas resinas especiais.

A utilização destas resinas é relativamente recente, sendo as mesmas objeto de extensa pesquisa atualmente pelos fabricantes de equipamentos para aquários. Sua utilização é normalmente feita com o objetivo obter água mais livre de impurezas químicas para utilização em montagens que exigem manutenção mais crítica.

Mais informações podem ser obtidas em: aqui.

Filtros por Osmose Reversa
Este tipo de filtro é utilizado para a obtenção de água com elevado grau de pureza. Não é utilizado diretamente em aquários, mas como uma fonte de água de alta qualidade que deve ser “recondicionada” a seguir pela adição de produtos químicos destinados a produzir uma água com as características finais desejadas.

No momento não há fabricantes nacionais deste tipo de filtro, e os equipamentos e materiais de reposição dos mesmos tem atualmente um custo bastante elevado.

Para mais informações acesse estas páginas na Automated Aquariums e Aquarium Water Filters.

“Filtro” UV
Este tipo de dispositivo deveria ser mais propriamente chamado de esterilizador baseado em luz ultravioleta do que filtro, uma vez que da função conceituada como filtração no início desse artigo ele nada executa.

Sua atuação se dá através da circulação de água por um recipiente em que se encontra acesa uma lâmpada UV emitindo radiação em uma freqüência esterilizante: UV(C) ~250 Angstroms. A radiação ultravioleta mata células vivas (bactérias, algas, etc.), por meio da destruição do seu DNA, proporcionando um meio eficaz de controlar agentes patógenos.

Para que a ação da luz UV(C) seja eficaz, é necessário um tempo mínimo de exposição, com um fluxo entre 35 a 95 litros por hora por Watt, ou seja, tipicamente para uma lâmpada de 15 W o fluxo deverá estar entre 500 e 1400 litros por hora. No caso de projetos montados, como medida de segurança recomendamos adotar sempre os fluxos mínimos de modo a garantir a exposição máxima dos microorganismos do meio à radiação UV.

Problemas comuns que podem reduzir a eficiência e taxa de esterilização: - Fazer a água fluir muito rápido pelo “filtro” UV. - A obstrução da luz devido ao acúmulo de depósitos na superfície da lâmpada (processo gradual). - O enfraquecimento da luz devido à idade da lâmpada (que tipicamente tem uma vida útil de seis meses.)

ATENÇÃO !!! A mesma propriedade desta luz que mata germes pode danificar os olhos humanos, portanto cuidados especiais devem ser tomados em relação à exposição dos olhos quer direta quer indiretamente à luz UV. Além disto esta radiação também pode causar sérios danos à pele humana, desde queimaduras até câncer de pele. Seu maior perigo está em que a vítima não tem qualquer sensação física (calor) ao ser exposta, não tendo portanto qualquer "aviso" dos danos que está sofrendo.

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